domingo, 27 de dezembro de 2009

Desejos para o primeiro ano da segunda década do primeiro século do terceiro milênio

Me desculpo pelo 2009 sem postagens. Sem inventar agora qualquer desculpa, só posso prometer um 2010 mais ativo.


E quando me deparo pensando sobre como foi meu ano, descubro que foi igual ao último. Percebo que em suma os acontecimentos se repetiram com uma frequência assustadora, mas que nem por isso algumas pequenas particularidades deixaram de conferir-lhes um brilho especial. Embalado pelo clima de renovação que nessas épocas invade todos os corações, gastarei aqui minhas moedas a fazer desejos para o próximo ciclo:
ps: aprendi, ao ver alguns posts de meu amigo Adilson, que uma imagem torna o post muito mais atraente e bonito mesmo que não contribua tanto para seu efeito de sentido.

Certo de que virão as quatro estações, quero sentir muito calor e pouco frio. Vestir blusas, calças, cuecas, sungas. E depois desvesti-las também, para tomar banhos refrescantes e ter sonos revigorantes.


Ganhar horas na internet e perdê-las no sofá. Enriquecer-me nos livros ao lê-los sem nunca terminar. E no que for possível, esforçar-me para grifá-los, afim de imprimir nos escritos uma marquinha de mim, parte do que foi aprendido, pelo cérebro processado e pela alma tocado.


E se de tudo for possível, desbravar a grande metrópole, suas minúcias, culturas, pessoas e ruas. E quando por ela me estressar, muito me agradará viajar ainda mais. Sentir o aroma e o frescor das estradas. Como se fosse marinheiro, em cada porto ter uma amada.


Certo de estar trilhando um belo caminho, orgulhar-me de ser um soldado da tecnologia. Estudar com empenho, pelo tempo que for necessário, em benefício da minha engenharia.


E quando me cansar de estudar, muitas músicas cantar. De poetas loucos e autores mil, expressar com a voz parte do que há de mais bonito no Brasil.


Por vezes derramar tinta sobre folhas, em outras dígitos sobre telas. Mas, indubitavelmente, desfilar sentimentos em palavras. Em pedacinhos de prosa e poesia, cultivar o prazer de expôr pela arte pensamentos de propriedade minha.


Vibrar e comemorar cada gol marcado. Ser mais um louco apaixonado a torcer pelos atletas que representarão 100 anos presentes de uma bandeira com passado.


Em abundância quero comer, beber, respirar, falar, escutar, ver, caminhar, VIVER.


Em menores doses quero chorar, cair, me esfolar. Mas as quero, a fim de APRENDER.


E assim, de longos dias preencherei mais um curto ano. Com a presença de novas e antigas pessoas enriquecerei meu existir. Munido de novas cerejas, decorarei meu bolo mais uma vez. Certamente o farei de maneira distinta à feita na última etapa, mas inevitavelmente não tão diferente, pois a mão do destino é lenta e vagarosa. Possivelmente, pode ser que o próximo período seja um daqueles em que se muda o confeteiro e tudo que agora fora planejado será falho. Nem por isso deixará de ser gracioso e misterioso, como os versos que encerram essa postagem:


Versos em poesia barata
Cansarei-me de a mim fazer
Milhões de palavras lindas
Lançarei a ti, com prazer!