E nesse último feriado que passou aprendi, como todo bom politécnico, a odiar os porcos, a cultivar um saudável sentimento de rivalidade com os amiguinhos do chiqueiro e a bradar meu desprezo por esses. Em quatro dias de competição, mostramos superioridade dentro e fora das quadras, com uma torcida vibrante que empurrou as equipes em todos os momentos e fez-se peça chave das conquistas.
E veja só leitor, por mais coincidente que pareça, mais uma vez descobri que nasci para ser politécnico, pois a mim nunca foi difícil odiar suínos, esses mamíferos nojentos e desprovidos da mínima simpatia, os quais aspiram um ar de lerdeza e falta de classe. Para simplificar minha reflexão, enumerei abaixo algumas das reflexões que facilitaram perceber minha notória desafinidade por porcos:
1-Sou corinthiano;
2-Prefiro carne bovina ou de frango;
3-Como feijoada, mas não sou fã;
4-Adoro andar perfumado;
5-Não simpatizo com objetos gordos;
6-Não gosto do Presuntinho;
7-Sou fã do lobo mau;
8-Prefiro queijo;
9-Odeio quem joga lixo no chão;
10-Não tomo leite de porco;
11-Não gosto da maneira como Orwell representa os bolcheviques;
12-Acho o Baby irritante;
13-Acho o Leitão chato;
14-Desprezo o desenho do Chaves na lousa;
15-Meu avô fazia lingüiças;
16-Assisti ao Ilha das Flores;
17-Não gosto de roupa suja;
18-Tomo banho (nem sempre, mas tomo);
19-Não pisaria em um chiqueiro por nada;
20-Odeio porcos com sobrenome homônimo.
Entretanto, não quero cometer nenhuma injustiça e faço questão de frisar aqui minha admiração e devoção pelo Cascão, talvez o único porco do mundo (real ou não) que me agrada.
CHUPA PORCADA!